Segurança Alimentar enfrenta novos desafios

Dia Mundial da Saúde Ambiental de 2018 alerta para as ameaças à Segurança Alimentar e para sustentabilidade.

 

Numa economia cada vez mais global, em que não há fronteiras para as cadeias de abastecimento alimentar, a Segurança Alimentar enfrenta riscos acrescidos. Por isso, a Federação Internacional de Saúde Ambiental decidiu dedicar-lhe o Dia Mundial da Saúde Ambiental de 2018.

Assinalada a 26 de setembro, a efeméride vai este ano alertar para as novas ameaças com que a Segurança Alimentar se debate. Entre os principais desafios estão as mudanças na produção, distribuição e consumo de alimentos, as alterações no meio ambiente, novos agentes patogénicos e uma maior resistência antimicrobiana.

As doenças transmitidas por alimentos são um problema de saúde pública cada vez maior em todo o mundo. A Organização Mundial de Saúde estima que anualmente uma em cada dez pessoas adoeçam após consumirem alimentos contaminados, sendo as crianças com idade inferior a 5 anos as mais afetadas.

“As doenças transmitidas por alimentos impedem o desenvolvimento socioeconómico, ao sobrecarregar os serviços de saúde e ao prejudicar as economias nacionais, o turismo e o comércio”, diz a Federação Internacional de Saúde Ambiental. A Segurança Alimentar deve, por isso mesmo, ser uma preocupação global.

 

A Segurança Alimentar e a luta contra o desperdício

À Segurança Alimentar junta-se, como mote das comemorações deste Dia Mundial da Saúde Ambiental, o apelo à sustentabilidade. A Federação Internacional de Saúde Ambiental pretende sensibilizar não só para a necessidade de usar de forma sustentável os recursos naturais, nomeadamente da água potável, mas também para a luta contra o desperdício.

Os números do Programa Mundial de Alimentação são inquietantes: “num mundo onde produzimos comida suficiente para alimentar a todos, 815 milhões de pessoas – uma em cada nove – ainda vão para a cama com o estômago vazio a cada noite”. Ainda mais preocupante, “uma em cada três pessoas sofre de alguma forma de desnutrição”.

Seguindo normas de Segurança Alimentar adequadas, muitos dos alimentos que acabam por se estragar poderiam ser preservados e encaminhados para quem mais deles precisa, ajudando a erradicar a fome e a desnutrição.